PROTESTOS NO BRASIL: LUTA QUE NÃO CESSA

Muitas coisas vêm acontecendo, muitas coisas são ditas e analisadas, muitas coisas são suspeitas e muitas coisas são verdades. A verdade neste país é sua emergência econômica ao posto de 6ª economia mundial. A verdade neste país é a imensa desigualdade que impera em nossa sociedade. A verdade neste país é que apesar de tudo a classe média também cresceu e se diversificou, está mais informada e, portanto, complexa para um entendimento de primeira vista. A esta juventude de todas as classes sociais, a que tanto se expressam os meios de comunicação, os especialistas e intelectuais aponta para um novo futuro de Brasil que deve se pautar por um termo muito pouco usado entre nós: a civilidade. Uma civilidade que é uma realidade de condição de vida que se reflita no tamanho de nossa economia e no direito a uma vida digna para todos independente de credo ou partido político. A civilidade de todos, de todos os partidos e todas as religiões. Esta civilidade que em processo, o qual espero e luto para que ele não se estanque, nos faça alcançar a um ritmo mais veloz direitos básicos que ainda nos faltam e, principalmente, respeito a vida do cidadão. Pois ainda somos um povo que tratamos com naturalidade crimes e assassinatos. Assim faço nossas, as palavras de ordem: ESTADO QUE MATA, NUNCA MAIS! Mas não só a morte por arma de fogo, a morte por desnutrição, a morte por falta de prevenção de saúde, a morte por falta de hospitais e médicos, a morte por desilusão e desesperança, a morte por exploração do trabalho, a morte por falta de presente e de futuro. Lembro que foi aprovada no Senado Federal a PEC do trabalho escravo! Morte por assassinato da polícia e trabalho escravo até quando vamos conviver com isto? Nada é fácil, nada será fácil, mas as instituições políticas governamentais ou da sociedade civil têm que estar a postos e entender o momento único e profícuo que vivemos. De tudo ressaltar: - o exercício da pedagogia política, mesmo que confusa ou contraditória. Mas que o orgulho de ser brasileiro, isto é, o trabalhador em seu espaço e território, se expresse no respeito à alteridade e, principalmente, no exercício de civilidade garantida e praticada por nossos cidadãos. E que o poder instituído tenha a inteligência e o respeito de saber ler o que a sociedade organizada, mesmo que fragilmente ou diversamente organizada, começou a falar e expressar neste país. Avante! Pois o futuro nos espera e a luta continua companheiros!

COLETIVO AGB JUIZ DE FORA.